Nunca fui do tipo que se faz de coitada. Mesmo que meu coração estivesse sagrando, e internamente estivesse gritando de dor. Ficava comigo. Não por querer se a forte, nossa olha a guerreira. Não é isso. É porque definitivamente as pessoas não entendem, e nunca vou entender algo que se passa dentro de você, já que isso é algo interior, não físico.
Nesse momento estou me sentido um pouco exposta, mas acho que já me senti mais. Não quero que ninguém entenda, ok seria bom. Mas tenho que entender que ninguém vai entender o que é isso. Então prefiro ficar sozinha. Porque na verdade, eu não sei se “ tudo bem com você? “ nossa estou preocupada.. manda notícias” É algo que soa de verdade. Ou é apenas aquela obrigação social. Mas de qualquer forma a dor e tanta que as vezes deixo transparecer. Cara, se alguém te manda um : é, eu acho que to legal. Você de verdade não tem a sensibilidade pra entender que é um grito de socorro? Oo’ Não, não as pessoas não tem obrigação nenhuma de me dá ‘força’ e blábláblá. O que fode é. Eu sou a conselheira. A maezona, a amiga de todo mundo, e de todas as horas. E sempre fiz isso com meu coração alegre, sempre fiz com sinceridade. Não, porra. Para de pensar que eu fiz querendo algo em troca, não é isso também. É porque a conselheira, também chora, também sente dor, tem seus medos, suas fragilidades. Agora, eu te pergunto.. quem consola a conselheira?
Ninguém.
Então me deixe no meu mundo, me deixa sozinha. Porque uma hora, crio asas e viro uma galinha. Ok, parei.
Mas, é sério. Uma hora vou sair desse casulo, eu sei que vou. Mesmo querendo ficar aqui pra sempre. É tão seguro aqui. Bricks.. bricks.. e bricks.
É, acho que achei um demônio no meu paraíso protegido.
Tchau.