sexta-feira, 25 de junho de 2010

She

Um suspiro em vão. Insensatez de ser inquieta.

Poucas coisas há atrai. Ela tenta. Ah, como tenta.

Eles percebem que há algo de errado com aquela Garota. Bobeira oras, á vida é tão bela!

-QUÊ?

Ela sempre tentando achar um meio de sobreviver no meio deles.

Eles são tão estranhos, apáticos, e felizes.

Um misto de raiva e pena representa bem o que Ela sente por eles. Quer um pedaço? Ta quietinho.

Procurando associar interesses e pensamentos. Em nada se encontra. Há não ser pelo fato dela também ser humana.

-SERÁ MESMO?

Ás vezes ela sente saudade de um lugar que é bem longe daqui.

Não se lembra de quando ali esteve. Mas esteve. Uma vontade de fechar os olhos e pedir que á busquem. Esses que ela aqui vê, não são os seus iguais. A cada dia que passa fica claro que nunca serão.

Ela tem medo.

Medo de um dia entrar na maré e ser como um deles. De uma coisa ela sabe. Lá é confortável, e totalmente tentador.

Sente repulsa de ao menos pensar nessa possibilidade.

A idade no papel que eles dão assim que um deles nascem, diz uma data, a data de nascimento. Será mesmo Ela possui aquela idade?

Humanos dessa idade não pensam sobre isso. Mas de alguma forma ela sente que existem alguns que estão perdidos por ai, e dentro de si, e de suas cabeças malucas, e complexas. Algo diz que Ela precisa se ajuntar a eles, porém é tarde para não se sozinha, ela aprendeu a ser. Depois de anos cercada pela maioria, ela se fecha a cada dia, e sua única companhia nessa descoberta é Ela mesma. De uma coisa Ela sabe. Existe a maioria, e eles do outro lado.

Ela então se vai, sempre tentando viver com aqueles humanos tão estranhos. De uma coisa ela sabe e bem, nunca será como um deles.


Um comentário:

  1. Nunca será como eles, talvez um dia eles se tornem parecidos com o que achamos correto ou talvez se afundem em sua ignorância, futilidade. Não temos que nos encaixar, ser estranho e fora do padrão é o que há.

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