Um suspiro
Poucas coisas há atrai. Ela tenta. Ah, como tenta.
Eles percebem que há algo de errado com aquela Garota. Bobeira oras, á vida é tão bela!
-QUÊ?
Ela sempre tentando achar um meio de sobreviver no meio deles.
Eles são tão estranhos, apáticos, e felizes.
Um misto de raiva e pena representa bem o que Ela sente por eles. Quer um pedaço? Ta quietinho.
Procurando associar interesses e pensamentos. Em nada se encontra. Há não ser pelo fato dela também ser humana.
-SERÁ MESMO?
Ás vezes ela sente saudade de um lugar que é bem longe daqui.
Não se lembra de quando ali esteve. Mas esteve. Uma vontade de fechar os olhos e pedir que á busquem. Esses que ela aqui vê, não são os seus iguais. A cada dia que passa fica claro que nunca serão.
Ela tem medo.
Medo de um dia entrar na maré e ser como um deles. De uma coisa ela sabe. Lá é confortável, e totalmente tentador.
Sente repulsa de ao menos pensar nessa possibilidade.
A idade no papel que eles dão assim que um deles nascem, diz uma data, a data de nascimento. Será mesmo Ela possui aquela idade?
Humanos dessa idade não pensam sobre isso. Mas de alguma forma ela sente que existem alguns que estão perdidos por ai, e dentro de si, e de suas cabeças malucas, e complexas. Algo diz que Ela precisa se ajuntar a eles, porém é tarde para não se sozinha, ela aprendeu a ser. Depois de anos cercada pela maioria, ela se fecha a cada dia, e sua única companhia nessa descoberta é Ela mesma. De uma coisa Ela sabe. Existe a maioria, e eles do outro lado.
Ela então se vai, sempre tentando viver com aqueles humanos tão estranhos. De uma coisa ela sabe e bem, nunca será como um deles.
Nunca será como eles, talvez um dia eles se tornem parecidos com o que achamos correto ou talvez se afundem em sua ignorância, futilidade. Não temos que nos encaixar, ser estranho e fora do padrão é o que há.
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